Saturday, September 20, 2008

Making of EU QUERO ROK' N ROLL!

Trabalha, desgraça!!!!!!!!!!!!!!!! haha







EU QUERO ROCK' N ROLL!

Deu trabalho mas saiu!
Acabei de terminar a capa (e as ilustrações internas) pro livro
"EU QUERO ROCK' N ROLL!" do Marcelo Guapyassú!

*Ilustra feita a mão com pincél e nanquim. Colorida e tratada no Photoshopz.

Na Computer Arts #12

Demorei pra postar essa mas tá tranquilo! Saiu uma matéria sobre arte pra indústria de Skate, Surf, Snowboard e BMX (escrevo um por um, mas me recuso a chamar de 'esporte radical'!)!
Dedicaram uma página ointeria pra alguns shapes que fiz!
Valheo Nathalie e toda rápa da C.A!



A capa da edição. Pra quem não conseguiu comprar, no site rola pela metade do preço!



Minha página.

Tô colocando aqui a entrevista na íntegra, já que por causa de espaço e por eu falar pelos cotovelos, tiveram que limar geral! haha


MOTTILAA para revista Computer Arts

Computer Arts – Como você entrou para o mundo do design? E desde quando faz arte para o mercado de skate/surf?
MOTTILAA: Minha história com o mercado de Skate em sí começou bem antes d'eu me formar em Design Gráfico. Eu colaborava ilustrando pra revista Cemporcentoskate desde as primeiras edições. Escolhí cursar Design Gráfico porque eu poderia abrir o leque de possibilidades em relação ao meu trabalho, até mesmo de ilustrador. Além de também ser uma garantia pra mim mesmo que minhas ilustrações não fossem cair na mão de nenhum designer bizarro e estragá-la com uma composição ruim! Quando 'tava começando a faculdade, finalmente fiz minha primeira série de shapes pra Agacê Skateboarding. De lá pra cá não parei e se puder, depois que passar dessa pruma melhor, vou encostar em alguém e psicografar shape até secar a fonte!



C.A – Quais são as suas principais influências artísticas?
M: Já lí em várias entrevistas por aí, acho que é bonito dizer que o cotidiano, as pessoas e as coisas que acontecem na rua são uma grande influência. Sem querer parecer piegas, mas é uma realidade pra mim... Sair pra dar um rolé de skate na rua e ver e conviver com coisas muito diferentes da minha própria realidade e natureza me fez tomar um gosto especial pelo dia a dia. Existem peculiaridades que passam facilmente desapercebidas normalmente e que são muitas vezes o "pulo-do-gato"!


C.A – Você já criou inúmeros modelos de shapes de skate e estampas para roupas de surf. Quais são as peculiaridades de se criar nessas “telas” e para esse mercado?
M: Pra mim, Skate vai anos luz além de um simples 'esporte'. É um estilo de vida, onde eu aprendí muito do que sei hoje em relação a estética, convivência e até relações mesmo. Conhecí muita gente diferente de mim, fiz grandes amigos de várias classes, formações e lugares diferentes. Gente que provavelmente eu não conheceria se não andasse. Skate tem todo esse universo, muito maior do que muitos acham, toda uma estética muito própria, comportamento próprio, produz coisas que acabam sendo adotadas em áreas diferentes, em estéticas publicitárias, vídeos e ações de marketing. E isso é fator determinante na hora de criar, pois toda minha vivência, amor ao Skate e a tudo que ele me trouxe, acredito que naturalmente reflete nos resultados. Os desenhos e frases escritas nas lixas dos shapes, por exemplo, dizem muito sobre a personalidade de cada um e sou debochadão, sempre escrevo ou desenho uma besteira. Quase tudo que faço, desde minha própria lixa, tem esse tom debochado e é desse jeito que sai pro mercado.



C.A – Você acabou de ser contratado pela Lakai. Acha que vai ter menos liberdade de criação devido a Lakai ser uma grande marca?
M: Minha história com a Lakai, pelo menos por enquanto, é de uma espécie de suporte que a marca me dá. É como muitas marcas fazem hoje em dia pegando um artista gráfico, um músico, um DJ e fazendo parceirias, um usando a imagem do outro. Tô muito feliz de agora fazer parte dela num momento como esse, logo após o lançamento do Fully Flared, um vídeo dirigido pelo Spike Jonze, que só mostra sua importância no mercado. A pegada, o senso de humor impregnados na Lakai tem muito a ver com o que eu faço! Então, existem várias idéias legais que podem ser concretizadas e se tornar uma coisa maior num futuro, espero que próximo.


C.A – Qual foi o projeto mais bacana que você fez dentro do mercado de skate/surf? E o que ainda não fez, mas que gostaria de fazer?
M: Eu tenho fissura por fazer shapes e a primeira série que fiz foi muito marcante pra mim, pois era um sonho de criança um dia ter alguém andando num skate com desenho meu! Acaba que todo trabalho, quando sai com um resultado legal, marca. Quando fiz uma retrospectiva dos shapes que já criei foi legal pra caramba ver quase 60 enfileirados, já que eu nunca tinha posto todos juntos! Existem vários e vários produtos que eu vejo possibilidades de meu trabalho poder se expandir a eles. Eu gostaria muito, por exemplo, de pegar algum modelo de tênis e personalizar, fazer miséria!Adoro tênis e tô sempre imaginando não só aplicação de um desenho num determinado tênis, mas mexer com as cores, formas... Vivo sonhando em transformar meus personagens em toy art!

C.A – Você considera crucial a familiaridade do designer com o skate e/ou o surf para criar arte para esse mercado?
M: Ando desde moleque e, como disse, sempre foi um sonho trabalhar com isso. E o fato de estar inserido num nicho há muitos anos é um grande facilitador quando a abordagem é um dos fatores que mais contam. É muito fácil distingüir um trabalho dirigido a um skatista, por exemplo, feito por alguém que não tem relação com aquilo. Não que seja preciso andar pra chegar junto, mas no mínimo tem que ter vivência no meio... Sinceramente, pro mercado de Surf até agora só fiz trabalhos na época que meu estúdio cuidava do Design Gráfico da Vibe. Acho que seria mais justo eu falar sobre Skate, já que . Apesar de gostar muito e admirar o Surf, eu não surfo e me sinto um pouco peixe fora d'agua literalmente!


C.A – Quais são os seus planos para a carreira profissional?
M: Atualmente tô focado no Petit Pois Studio, estúdio de Design Gráfico que montei em 2007 com a Marianna Cersosimo, também designer e minha esposa. Atualmente nosso studio já possui uma proposta desenvolver trabalhos com um perfil mais criativo, artistico e para um segmento mais cultural e de moda do que institucional. Minha ideia é cada vez mais desenvolver trabalhos autorais e que nos contratem por essa nossa proposta e linguagem que temos, ao invés de nos contratarem porque sabemos desenvolver uma estampa ou um banner (risos). Por isso nossa idéia é poder associar nosso trabalho às coisas que comportem essa proposta, por mais diverso que seja, como falei -uma linha de guarda-chuvas, um editorial, uma geladeira, um ornitorrinco de laboratório!

About Me

Na mão do palhaço desde 1978 e quase sempre alerta!